Esposende

Anunciou “estudos desenvolvidos pelo LNEC” que, afinal, não existem. A promessa de tudo fazer para “apurar” as “causas do acidente” não foi para além da contratualização de serviços de monitorização do talude que só foram retomados com as perguntas do SETE JORNAL. Mais de dois anos volvidos sobre a tragédia de Palmeira de Faro, o Município desconhece o que originou o deslizamento e coloca o ónus no Ministério Público.

Sob a forma de carta-aberta, a tomada de posição surge na sequência das movimentações de bastidores que dão como certa e iminente a nomeação de uma nova administração presidida pelo médico e militante social-democrata, Adélio Miranda. Está assinada por 45 profissionais de saúde.

Há mais dois anos que um aluimento de rochas matou Susana e Fábio, ambos com 22 anos, enquanto dormiam. Decorrido todo este tempo, “há uma mão cheia de nada”, lamenta a mãe da jovem vítima que atribui a tragédia ao uso não autorizado de explosivos. A autarquia negou o acesso ao estudo geotécnico que encomendou à UMinho e, não estando em segredo de justiça, o Ministério Público impediu por três vezes o SETE JORNAL de consultar o inquérito.

É o passo que faltava dar por parte do Município para abrir caminho à construção do Centro Hospitalar de Barcelos, uma infra-estrutura que servirá, também, o concelho de Esposende. À unanimidade política, somam-se os elogios.

Prestes a comemorar 40 anos de existência, a escola vai sofrer uma profunda remodelação graças às verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que a contemplou com 10 milhões de euros. A candidatura recebeu luz verde e a Câmara de Barcelos, que foi quem a submeteu, suportará a restante parte do investimento. Para Esposende, seguem 17 milhões.

O presidente da Câmara considera que a resolução do ex-ministro Manuel Pizarro “vem com, pelo menos, oito meses de atraso”. Mas, ironiza, “mais vale tarde do que nunca”. Agora, espera que o primeiro-ministro “cumpra com a palavra dada”. Os socialistas “não o fizeram e vamos ter de ser nós a fazer o hospital”, disse Montenegro em campanha.

O despacho foi dado por Manuel Pizarro cinco dias antes de cessar funções e autoriza a contratação de serviços para a execução do projecto de construção do novo hospital de Barcelos. O SETE JORNAL fez a radiografia à unidade onde se prevêem realizar anualmente 9575 cirurgias e 150.000 consultas médicas.

Foi um dos primeiros programas de hospitalização domiciliária a funcionar em Portugal. Arrancou em Março de 2019 depois da assinatura de um compromisso para a criação destas unidades, ao qual se associaram 25 hospitais do SNS. O SETE JORNAL foi conhecer os números para Barcelos.

Enquanto se vai digerindo com um certo azedume nomeações feitas a poucos dias do Conselho de Administração do Hospital de Barcelos ser extinto, a nova Unidade Local de Saúde conheceu hoje os directores para os próximos três anos.

De Secretário Nacional para a Organização da JS a assessor do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República, instalou-se depois em gabinetes ministeriais. Pode estar a caminho de Barcelos, vindo da ACSS.