Até que a morte não nos separe

Não existe uma “fórmula certa” para sentir saudade

PATRÍCIA SOUSA

PATRÍCIA SOUSA

Interlocutora do luto
17 de Junho 2025
“Está tudo bem?” Esta pergunta, aparentemente inofensiva, pode tornar-se uma armadilha silenciosa para quem está de luto. Vivemos numa sociedade que ensina que sofrer deve ser discreto. Que a dor tem prazo de validade. Que chorar em público é sinal de fraqueza. E que, se quisermos “viver o luto direito”, devemos seguir um manual invisível – um que não foi escrito por quem sente, mas por quem observa.“Não chores demais. Mas não pareças frio. Não fales o tempo todo da pessoa que partiu. Mas também não ajas como se ela nunca