Operação Tutti Frutti. Ministério Público acusa Carlos Eduardo Reis de 22 crimes
O deputado à Assembleia da República e vereador do PSD na Câmara de Barcelos (foto) está entre os 60 arguidos acusados no âmbito do processo Tutti Frutti. Em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento e abuso de poder.
No caso de Carlos Eduardo Reis e da Ambigold – uma das sociedades que o barcelense teve a seu cargo – o Ministério Público (MP) pede ainda que sejam declarados perdidos a favor do Estado 210.917,67€ relativos às adjudicações que lhe foram feitas pelas juntas de freguesia de São Domingos de Benfica, Estrela e Benfica. No despacho acusatório a que o SETE JORNAL teve acesso, o nome do vereador do Urbanismo é mencionado 533 vezes ao longo das 1325 páginas que compõem o documento.A Carlos Eduardo Reis, o MP imputa-lhe a prática de
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Por não estar fundamentada, Alexandre Maciel (foto) travou a votação de uma proposta que previa a concessão de um apoio de 55.000€ à Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB). O vereador independente alega, ainda, que se trata de “uma entidade que não reúne os requisitos mínimos para ser parceira institucional do Município”.
Da lista que ao início da noite de hoje é apresentada sobressaem as ausências dos três vereadores que mais se destacaram na acção do executivo municipal. Conforme o SETE JORNAL noticiou em Março, Mário Constantino mantém a confiança em Carlos Eduardo Reis, acusado de 22 crimes no âmbito do processo Tutti-Frutti, seis dos quais por corrupção.
Desde o início do mandato, o financiamento de obras de reabilitação e conservação de património da Igreja Católica ultrapassa já os 1,5 milhões de euros. Enquanto isso, o regulamento para definir “com clareza” os “critérios” de atribuição destas verbas está na gaveta há três anos.
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