Carlos Reis e a operação Tutti-Fruti: “Há oito anos que ando a pedir para ser ouvido”
Fortes indícios da prática de crimes de corrupção activa, prevaricação e tráfico de influência fundamentam o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do deputado social-democrata e vereador da Câmara de Barcelos, Carlos Eduardo Reis.
No âmbito do processo desencadeado pela operação Tutti-Fruti, o Ministério Público (MP) quer constituir arguidos outros dois deputados do PSD: Luís Newton, ex-presidente da Junta de Freguesia da Estrela (Lisboa), e Margarida Saavedra, ex-vereadora da Câmara Municipal de Lisboa. O pedido de levantamento da imunidade parlamentar deu entrada no dia 18 e aguarda aprovação por parte da Comissão da Transparência e do Estatuto dos Deputados da Assembleia da República.“Há oito anos que ando a pedir para ser ouvido. Finalmente, vou ser
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Por não estar fundamentada, Alexandre Maciel (foto) travou a votação de uma proposta que previa a concessão de um apoio de 55.000€ à Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB). O vereador independente alega, ainda, que se trata de “uma entidade que não reúne os requisitos mínimos para ser parceira institucional do Município”.
Da lista que ao início da noite de hoje é apresentada sobressaem as ausências dos três vereadores que mais se destacaram na acção do executivo municipal. Conforme o SETE JORNAL noticiou em Março, Mário Constantino mantém a confiança em Carlos Eduardo Reis, acusado de 22 crimes no âmbito do processo Tutti-Frutti, seis dos quais por corrupção.
Desde o início do mandato, o financiamento de obras de reabilitação e conservação de património da Igreja Católica ultrapassa já os 1,5 milhões de euros. Enquanto isso, o regulamento para definir “com clareza” os “critérios” de atribuição destas verbas está na gaveta há três anos.
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