Carlos Reis constituído arguido ao fim de oito anos
A Comissão de Transparência da Assembleia da República levantou hoje a imunidade parlamentar de Carlos Reis e dos seus colegas da bancada social-democrata, Luís Newton e Margarida Saavedra. O pedido foi apresentado pelo Ministério Público (MP) no âmbito da operação Tutti-Frutti.
Os três parlamentares vão, finalmente, ser constituídos arguidos num processo que começou a ser investigado há oito anos. O MP considera que estão fortemente indiciados da prática dos crimes de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder. Na época dos factos, Luís Newton era presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa; Margarida Saavedra vereadora da Câmara de Lisboa e Carlos Reis administrador da empresa Ambigold.O levantamento da imunidade parlamentar permite agora ao MP constituir arguidos os três deputados.
A informação com qualidade, rigor, actual e feita por jornalistas profissionais só é possível pagando àqueles
que a produzem o justo valor pela responsabilidade pública que assumem. E a independência e a capacidade para
escrutinar os poderes públicos e os seus abusos serão tanto maiores quanto maior for o número de leitores que se
disponibilizarem para pagar esse trabalho.
Apoie a causa do jornalismo livre e ajude-nos a fazer do SETE JORNAL a sua voz a favor de uma
sociedade mais
justa, esclarecida e verdadeira.
Para continuar a ler este e outros artigos exclusivos torne-se
assinante.
Por não estar fundamentada, Alexandre Maciel (foto) travou a votação de uma proposta que previa a concessão de um apoio de 55.000€ à Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB). O vereador independente alega, ainda, que se trata de “uma entidade que não reúne os requisitos mínimos para ser parceira institucional do Município”.
Da lista que ao início da noite de hoje é apresentada sobressaem as ausências dos três vereadores que mais se destacaram na acção do executivo municipal. Conforme o SETE JORNAL noticiou em Março, Mário Constantino mantém a confiança em Carlos Eduardo Reis, acusado de 22 crimes no âmbito do processo Tutti-Frutti, seis dos quais por corrupção.
Desde o início do mandato, o financiamento de obras de reabilitação e conservação de património da Igreja Católica ultrapassa já os 1,5 milhões de euros. Enquanto isso, o regulamento para definir “com clareza” os “critérios” de atribuição destas verbas está na gaveta há três anos.
Se pretender receber no seu e-mail os tópicos das principais notícias do SETE JORNAL, subscreva a nossa newsletter. Faremos um uso regrado desta ferramenta e comprometemo-nos a não inundar-lhe a caixa de correio.