Câmara contorna a lei e contrata assessor para auxiliar vereador em regime de não permanência
Foi apresentado há mais de uma semana nos serviços de Urbanismo de Barcelos como “representante” de Carlos Reis (foto) e, mesmo sem contrato, já entrou em funções. O procedimento de contratação não está concluído e pode, até, ficar suspenso. É que, nestes casos, constitui uma “fraude à lei”, considera a CCDR-N.
Sem emprego anterior conhecido, João Pedro Pereira foi escolhido pelo vereador Carlos Reis para o assessorar na Casa do Rio, onde funciona o Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística. Licenciado em Solicitadoria e com mestrado em Gestão Autárquica pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), onde presidiu à Associação Académica até 2023, está prestes a assinar um contrato de prestação de serviços de assessoria à vereação válido por um ano e com remuneração mensal de 1500€ (mais IVA).Carlos Reis, que exerce
A informação com qualidade, rigor, actual e feita por jornalistas profissionais só é possível pagando àqueles
que a produzem o justo valor pela responsabilidade pública que assumem. E a independência e a capacidade para
escrutinar os poderes públicos e os seus abusos serão tanto maiores quanto maior for o número de leitores que se
disponibilizarem para pagar esse trabalho.
Apoie a causa do jornalismo livre e ajude-nos a fazer do SETE JORNAL a sua voz a favor de uma
sociedade mais
justa, esclarecida e verdadeira.
Para continuar a ler este e outros artigos exclusivos torne-se
assinante.
Por não estar fundamentada, Alexandre Maciel (foto) travou a votação de uma proposta que previa a concessão de um apoio de 55.000€ à Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB). O vereador independente alega, ainda, que se trata de “uma entidade que não reúne os requisitos mínimos para ser parceira institucional do Município”.
Da lista que ao início da noite de hoje é apresentada sobressaem as ausências dos três vereadores que mais se destacaram na acção do executivo municipal. Conforme o SETE JORNAL noticiou em Março, Mário Constantino mantém a confiança em Carlos Eduardo Reis, acusado de 22 crimes no âmbito do processo Tutti-Frutti, seis dos quais por corrupção.
Desde o início do mandato, o financiamento de obras de reabilitação e conservação de património da Igreja Católica ultrapassa já os 1,5 milhões de euros. Enquanto isso, o regulamento para definir “com clareza” os “critérios” de atribuição destas verbas está na gaveta há três anos.
Se pretender receber no seu e-mail os tópicos das principais notícias do SETE JORNAL, subscreva a nossa newsletter. Faremos um uso regrado desta ferramenta e comprometemo-nos a não inundar-lhe a caixa de correio.