Câmara “vê com naturalidade” ter deixado de ser dos municípios com melhor eficiência financeira
Depois de vários anos entre as autarquias com os melhores índices de desempenho financeiro e orçamental, Barcelos saiu daquele ranking em 2023. O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses revela também que as dívidas a pagar cresceram 131,6% face a 2022. As explicações do executivo ao SETE JORNAL não têm correspondência com o documento.
Desde 2015 que Barcelos figurava na lista dos 100 municípios com melhor eficiência financeira, um anuário editado pela Ordem dos Contabilistas Certificados e coordenado por Maria José Fernandes, presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. No documento que analisa económica e financeiramente as contas dos 308 concelhos portugueses, Barcelos deixou também de constar do ranking global dos municípios do distrito de Braga com melhor pontuação, que liderava em 2022.A Câmara com melhor eficiência financeira no distrito de Braga
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Por não estar fundamentada, Alexandre Maciel (foto) travou a votação de uma proposta que previa a concessão de um apoio de 55.000€ à Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB). O vereador independente alega, ainda, que se trata de “uma entidade que não reúne os requisitos mínimos para ser parceira institucional do Município”.
Da lista que ao início da noite de hoje é apresentada sobressaem as ausências dos três vereadores que mais se destacaram na acção do executivo municipal. Conforme o SETE JORNAL noticiou em Março, Mário Constantino mantém a confiança em Carlos Eduardo Reis, acusado de 22 crimes no âmbito do processo Tutti-Frutti, seis dos quais por corrupção.
Desde o início do mandato, o financiamento de obras de reabilitação e conservação de património da Igreja Católica ultrapassa já os 1,5 milhões de euros. Enquanto isso, o regulamento para definir “com clareza” os “critérios” de atribuição destas verbas está na gaveta há três anos.
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