Domingos Pereira. O último dia de um mandato horribilis
Afastada a hipótese de um regresso às funções e esgotando-se hoje os 365 dias de que o vereador dispunha para as manter em suspenso, termina antes do tempo o mandato de Domingos Pereira na Câmara de Barcelos. O SETE JORNAL traça-lhe uma retrospectiva.
Sessão da Assembleia Municipal de Barcelos. “Quem manda no meu mandato legitimado pelo voto do povo soberano, sou eu”. Proferidas em 17 de Junho de 2022, estas palavras sinalizavam a vontade de que o então vice-presidente da Câmara não tencionava suspender ou renunciar ao mandato depois de, três semanas antes, ter sido condenado por corrupção. Em rigor, Domingos Pereira já não gozava daquela prerrogativa, uma vez que o Tribunal de Braga, aos dois anos e dez meses de prisão com pena suspensa por igual período, acrescentou-lhe a perda
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O presidente de Grupo Parlamentar do PSD vai pedir ao deputado para suspender o mandato na Assembleia da República. Em Barcelos, os 22 crimes de que foi acusado no âmbito do processo Tutti-Frutti podem levar o vereador do Urbanismo a abdicar.
Grande parte dos 4870€ que Augusto Castro (foto) recebeu a título de despesas de deslocação não têm documentos justificativos para além das fichas que o próprio assinou a autorizar o pagamento. Acresce que, em todos casos, o número de quilómetros pagos é “superior à distância real” e, na maioria deles, a data das alegadas deslocações foi omitida.
O deputado à Assembleia da República e vereador do PSD na Câmara de Barcelos (foto) está entre os 60 arguidos acusados no âmbito do processo Tutti Frutti. Em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento e abuso de poder.
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