Promiscuidade na Junta de Carapeços. As contratações chorudas entre camaradas socialistas
Em apenas um ano, a autarquia pagou “serviços administrativos” no valor de 19.500€ a uma empresa que, por sua vez, contratou um elemento da Assembleia de Freguesia para os prestar. Este, acabaria a ser admitido pela Junta através de um procedimento em que o júri foi constituído por funcionários da referida sociedade, detida pelo líder da Concelhia do PS de Barcelos.
Quando concluiu a prestação de serviços à JCB Contabilidade, L.da, Vítor Miguel Arantes Pombo, primeiro secretário da Assembleia de Freguesia de Carapeços, iniciou de imediato funções como assistente técnico da Junta. O lugar dificilmente não seria seu, já que concluiu as diferentes fases de avaliação com a pontuação máxima (20). Ao concurso apresentaram-se três outras candidatas, sendo que duas acabaram excluídas e a outra obteve 18,74 valores.Vítor Pombo, que também é vice-presidente da Associação Carapeços Solidário
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Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
Acumulam funções remuneradas de presidente de Junta com as de membros de apoio aos gabinetes do executivo municipal, cargos que apenas podem exercer em regime de exclusividade. Com isto, obtêm dois rendimentos, circunstância que a lei não admite.
A Arquidiocese de Braga condena a prática que, reconhece, pode ter uma “leitura de aproveitamento indevido ou injusto”. Em causa está a cobrança de taxas quase 12 vezes superiores às fixadas pela Igreja para os ofícios fúnebres. Mas chega a ser pior: são arrecadadas mesmo quando nenhum serviço é prestado.
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