Pormenores de uma rede internacional que comerciava fruta para importar droga
O Tribunal de Braga começa hoje, 6, a julgar nove arguidos acusados de tráfico de droga e associação criminosa. Em conjunto, desenvolveram um plano que permitiu introduzir em Portugal estupefaciente avaliado em dezenas de milhões de euros. A detenção dos traficantes deu-se em Gilmonde, Barcelos.
Adan Gomez Vol está acusado pelo Ministério Público (MP) de liderar a rede que, conjuntamente com Eugénio Teixeira, Rui Miranda – aquele de Esposende, este de Barcelos – e José Vicentini, entre outros de identidade não apurada, foi criada para introduzir na Península Ibérica, por via marítima, “grandes quantidades de cocaína”. Desmantelado em Dezembro de 2022, o grupo dissimulava a droga em contentores “de fruta” provenientes da América do Sul.“O esquema criminoso, de traficância em larga escala e com dimensão internacional,
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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