Pessoas “acusadas” não podem integrar listas do PS. Barcelos ignora orientação e Braga dá aval
Há um ano, o que era “muito claro” para o líder dos socialistas já não tem aplicação prática em Barcelos. Os dois primeiros nomes da lista candidata à Câmara (foto) estão a contas com a justiça e o Largo do Rato optou pelo silêncio. Em Janeiro, Pedro Nuno Santos fez-se acompanhar por Armandina Saleiro.
Foi em pré-campanha para as legislativas de 10 de Março de 2024 que o Secretário-Geral do PS, acabado então de eleger, definiu o caderno de encargos. “Cada um deve assumir as suas responsabilidades. Para nós é muito claro que pessoas que tenham sido acusadas não possam integrar listas do Partido Socialista”, garantia Pedro Nuno Santos, a 6 de Fevereiro daquele ano, nos corredores do Parlamento.Quando foram escolhidos para preencherem, respectivamente, os 1.º e 2.º lugares da lista candidata à Câmara de Barcelos nas próximas eleições
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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