Perseguição a funcionário não foi “caso único” na Câmara de Barcelos, diz vereador
À quarta audiência e ainda sem data para terminar, o julgamento do ex-presidente da Câmara de Barcelos e de quatro outros arguidos que ali trabalham teve no dia de ontem, 4, no Tribunal de Braga, o seu momento mais intenso. Um requerimento da defesa e a inquirição ao vereador Alexandre Maciel (foto) marcaram os trabalhos.
Tal como se adivinhava, o depoimento do advogado que, em 2021, reassumiu as funções de vereador na Câmara de Barcelos – desta feita sem pelouros – agitou as águas do julgamento no qual o ex-presidente, Miguel Costa Gomes, e quatro técnicos superiores respondem por diversos ilícitos em co-autoria. A acusação partiu do Ministério Público (MP), que lhes imputa a prática de crimes de prevaricação, abuso de poder e falsificação de documento agravado no âmbito de um procedimento de contratação de pessoal. Sobre o antigo autarca e
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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