Vivemos um tempo, no qual, dizer mal se tornou o pão nosso de cada dia. É o primado disparatado da raiva, da dor de cotovelo, ou mesmo do ódio. E por nada em especial, apenas porque ao mandarem-se umas atoardas nas redes sociais, espécie de tasco aberto 24 horas, destila-se o álcool dos dias.Eu já disse mal de muita coisa. Escrevi dezenas de crónicas em jornais, fiz publicações caricaturais nas redes sociais. Nunca me senti bem no final da escrita. Recordo-me de sair para a rua para apanhar ar, para respirar e desatar o nó na garganta.
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