Miguel Costa Gomes e Domingos Pereira arriscam nova acusação
As autoridades seguem o rasto de, pelo menos, 32 contratos celebrados maioritariamente por ajuste directo que, entre 2010 e 2019, renderam 646.000€ a quatro empresas que têm os mesmos proprietários. Para perceber este “estratagema”, um grupo de funcionários municipais vai ser ouvido pelas autoridades no próximo mês.
O ex-presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, e o seu “vice” de então, Domingos Pereira, são os principais suspeitos neste inquérito que visa apurar as circunstâncias em que o Município contratou serviços e o aluguer de equipamentos de luz e som a quatro empresas detidas pelo mesmo casal. Três das sociedades têm sede na morada de um café localizado na Rua Professor Celestino Costa, em Barcelinhos, que, de resto, dá nome a uma delas: “O Som das Palavras”.A Melodias & Sombras, Select Dreams e Nusom – as duas primeiras
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Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
Acumulam funções remuneradas de presidente de Junta com as de membros de apoio aos gabinetes do executivo municipal, cargos que apenas podem exercer em regime de exclusividade. Com isto, obtêm dois rendimentos, circunstância que a lei não admite.
A Arquidiocese de Braga condena a prática que, reconhece, pode ter uma “leitura de aproveitamento indevido ou injusto”. Em causa está a cobrança de taxas quase 12 vezes superiores às fixadas pela Igreja para os ofícios fúnebres. Mas chega a ser pior: são arrecadadas mesmo quando nenhum serviço é prestado.
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