Miguel Alves: “É a segunda vez que sou absolvido neste processo”
Foi no mesmo tom sereno e a repetir sensivelmente as palavras de há nove meses que o ex-autarca de Caminha se declarou “muito satisfeito” por voltar a ser inocentado no processo que, já instalado em Lisboa, o levou a demitir-se de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Costa.
Em menos de cinco minutos, a juiz-presidente do colectivo que, no início do ano, julgou Miguel Alves e a antiga empresária Manuela Sousa, resumiu a nova sentença e deu como sanadas as desconformidades que conduziram à anulação do acórdão inicial por ordem do tribunal da Relação de Guimarães. O caso pode não estar encerrado, já que o Ministério Público – à semelhança do que fez anteriormente – dispõe de 30 dias para interpor recurso da decisão que foi conhecida esta sexta-feira, 15, no tribunal de Viana do Castelo.“Esse
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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