Ex-vereador dá o dito por não dito em tribunal sobre perseguições a funcionários do Município
Depois de ter denunciado um “clima intimidatório, hostil e de permanente perseguição” a muitos funcionários do Município, o antigo vice-presidente da Câmara de Barcelos negou hoje em tribunal que tal tenha acontecido. Domingos Pereira testemunhou a favor de Miguel Costa Gomes, a quem, na época, chamou “mentiroso e manipulador”.
“Alguma vez teve notícia de algum funcionário ter sido perseguido?” A resposta à pergunta do advogado João de Castro Baptista, mandatário do ex-presidente da Câmara, não se fez esperar. “Não”, disse Domingos Pereira, testemunha arrolada pela defesa de Miguel Costa Gomes, que está a ser julgado – a par de quatro técnicos superiores do Município – pelos crimes de prevaricação, falsificação, abuso de poder e perseguição a funcionário municipal.Na audiência que decorreu esta segunda-feira, 27, no Tribunal de Braga,
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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