Europeias. O que fica para além da vitória estrondosa da AD
O triunfo da coligação PSD/CDS/PPM ofusca alguns dados relevantes que o SETE JORNAL foi pescar aos resultados das europeias no concelho. Da ultrapassagem da ADN à CDU, da hecatombe do BE, PAN e Chega que, ainda assim, levou a melhor sobre o PS em duas freguesias, há muitos números para conferir.
É uma vitória em toda a linha aquela que a Aliança Democrática (AD) conseguiu em Barcelos, fixando-se nos 42,28% contra os 27,96% do PS. A comparação com as europeias de 2019 não pode ser feita pelo número de votos já que a diminuição da abstenção permitiu um reforço dos maiores partidos. Como quer que seja, as somas percentuais do PSD e do CDS dão à coligação um resultado que supera em mais de 3% os valores alcançados há cinco anos, quando os dois partidos concorreram separados (39,22%).Por seu turno, o PS, apesar de ter
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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