Empresa Municipal de Educação e Cultura, a “máquina de interesses e protecção política que alimenta favores”
A par das graves dificuldades financeiras que abrem a porta a despedimentos, o presidente da EMEC (foto) é acusado de fazer dos professores e de alguns funcionários o “bode expiatório” dos problemas que a instituição atravessa. “Tornem-se públicas as contratações, as funções desempenhadas e os salários de todos os colaboradores”, desabafam ao SETE JORNAL.
O rastilho acendeu-se na reunião do passado dia 16, onde foi apresentado o plano de reequilíbrio económico-financeiro da Empresa Municipal de Educação e Cultura de Barcelos (EMEC). A forma como Jorge Cruz, presidente do Conselho de Administração, se terá dirigido aos participantes causou indignação e descontentamento entre alguns deles, dando origem a uma reacção que o SETE JORNAL pôde escutar nos dias seguintes. “Aquilo foi mau de mais”, lamentam.Esta atitude, considera todavia o dirigente, contrasta com “o sentimento transmitido
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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