“Cuidado professor porque fizeram-lhe a folha”. Mais um dia no julgamento de um caso de perseguição a funcionário
Quando já estão agendadas mais duas audiências de julgamento, a segunda ficou marcada pelas declarações do funcionário municipal que terá sido alvo de “perseguição” por parte dos cinco arguidos, entre eles o ex-presidente da Câmara de Barcelos. O julgamento entra agora numa fase decisiva com a audição das dez testemunhas arroladas pelo Ministério Público (MP).
A inquirição a Ricardo Carvalho, assistente no processo, não está concluída, mas das suas respostas às primeiras questões do Tribunal extraem-se elementos que antecipam uma expectável confrontação com o depoimento de testemunhas arroladas pela acusação e defesa. São os casos, respectivamente, de Mateus Neiva, jurista do Município, e Vasco Real, adjunto do arguido e ex-presidente, Miguel Costa Gomes.A este último, perante “resultados” que “quase” o excluíam do concurso de recrutamento aberto com a estrita finalidade de
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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