Crime ou castigo? O processo que começou em Caminha e mete Barcelos pelo meio
O Ministério Público pediu a condenação do ex-presidente da Câmara de Caminha e da barcelense Manuela Sousa, mas pode estar à vista a absolvição dos dois arguidos que, quinta e sexta-feira, estiveram a ser julgados no Tribunal de Viana do Castelo.
Nas alegações finais, que aconteceram ontem (12) à tarde, a defesa procurou reduzir a pó a tese do Ministério Público (MP), para quem, no entanto, o tribunal só “fará justiça” se condenar Miguel Alves e a empresária pelo crime de prevaricação, em co-autoria e na forma consumada, punível com dois a oito anos de prisão. Apesar da “fraca” prova testemunhal, a acusação ficou “essencialmente” demonstrada, até porque, defendeu ainda a procuradora do MP, “não é credível que uma empresa preste tantos serviços pro bono”.As
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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