Arguidos admitem consumos e venda de droga, mas rejeitam acusação de associação criminosa
Todos os arguidos detidos aceitaram falar para desmentir a tese do Ministério Público (MP) que os liga a uma rede de tráfico de droga que operava em Barcelos. Eduardo Cameselle, alegado líder do grupo, assumiu “parte da acusação”, mas refutou comportamentos agressivos e a existência de uma “praça” de venda de estupefacientes naquela cidade.
As primeiras palavras do principal arguido do processo que tem 21 acusados, seis dos quais em prisão preventiva desde 18 de Outubro de 2023, foram para reconhecer parcialmente os factos que lhe estão a ser imputados. “Quero assumir parte da acusação”, disse Eduardo Cameselle esta manhã, 2, no Tribunal de Braga durante a segunda das 14 audiências de julgamento já agendadas. Sobre a existência de uma rede de angariação e venda de droga à qual o MP lhe atribui a liderança com recurso, em alguns casos, à violência, o ex-pugilista do
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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