Águas de Barcelos justifica avisos de corte e cobrança de juros com “problema informático”
A empresa escuda-se a explicar o que efectivamente aconteceu. E também não tomou a iniciativa de alertar os clientes para o que diz ter sido “um lapso”. Sabe-se, sim, que um número indeterminado que aderiu ao débito directo recebeu um “aviso de corte” porque a factura de Setembro de 2023 está em “dívida”.
Com rigor, desconhecem-se quantas pessoas foram notificadas e em que zonas do concelho residem. Rui Faria, presidente da União de Freguesias de Carreira e Fonte Coberta, disse ao SETE JORNAL que, “no decorrer da semana passada”, o carteiro deixou “mais de 200 cartas” nas duas aldeias. Na autarquia, “ficou uma por cada serviço” contratado. Admite, todavia, que o mesmo possa ter acontecido noutras freguesias. “Não quero acreditar que tenha sido só aqui”.Contactada pelo SETE JORNAL, a Águas de Barcelos (AdB) “confirma”
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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