“Acordo da água” deixa dez freguesias sem acesso às redes de saneamento
Não têm um metro de conduta e, apurou o SETE JORNAL, continuarão privadas de um sistema público de drenagem de águas residuais. A decisão discrimina milhares de habitantes, maioritariamente do vale do Neiva, enquanto a Câmara alega que o contrato de concessão “não incluía o prolongamento de redes não viáveis”.
O acordo que a Câmara de Barcelos negociou com a concessionária das redes públicas municipais de água e de saneamento retira a possibilidade a uma dezena de freguesias, situadas maioritariamente no Norte do concelho, de se poderem ligar ao saneamento básico nos anos mais próximos. Tido como um dos direitos fundamentais para o pleno gozo da vida humana, o acesso fica assim vedado aos munícipes de Balugães, Durrães, Tregosa, Cossourado, Aborim, Panque, Quintiães e Aguiar, todas no vale do Neiva. Creixomil e Mariz foram igualmente excluídas.No
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Acabou como começou. No depoimento que ontem chegou ao fim, Alexandre Maciel (foto), um dos 13 arguidos do processo, reafirmou que “falta gente” no banco dos réus se, como sustenta a acusação, todos se tivessem conluiado para favorecer a empresa G Protect. O nome do actual presidente da Concelhia do PS de Barcelos foi por diversas vezes apontado.
A ilegalidade foi sanada através da revogação das deliberações, mas os socialistas falam em “quebra de confiança” e consideram a situação “inadmissível”. Numa nota interna, a directora do Departamento Financeiro dá a entender que este não foi caso único.
Apenas dois dos nove arguidos foram absolvidos, entre eles o comerciante de Barcelos, Rui Miranda, responsável pela importação da fruta. O Ministério Público (MP) deverá, contudo, recorrer da decisão que hoje, 16, foi conhecida no Tribunal de Braga.
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