A Revolução de 25 de abril de 1974 marcou o início da vida democrática em Portugal. Ao representar um ponto de viragem na análise política sobre os processos de transição de regime, a “revolução dos cravos” foi mais do que um evento nacional e transcendeu fronteiras, despertando grande interesse e esperança em outros países europeus.
Sempre Abril
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Em Portugal, foi crucial na luta pela liberdade e democracia, marcando o fim de quase meio século de ditadura salazarista. O evento simboliza o início de um percurso de profundas transformações económicas, sociais e culturais. Acima de tudo, preconizou a restauração da liberdade de expressão e o fim da censura, que por décadas haviam limitado a voz do povo.
Com o 25 de abril, as vozes silenciadas puderam finalmente ecoar livremente. A liberdade de expressão tornou-se um direito fundamental, permitindo que os cidadãos se expressassem, criticassem e participassem ativamente na construção de uma sociedade mais justa e democrática. A imprensa, que antes era controlada e censurada pelo regime autoritário, floresceu com uma multiplicidade de opiniões e perspetivas, tornando-se um veículo vital para a disseminação de informações e ideias.
O 25 de abril abriu um horizonte de possibilidades, nomeadamente, impulsionou a luta pela igualdade das mulheres nos meios de comunicação. Durante décadas, elas foram sub-representadas e frequentemente estereotipadas nos meios de comunicação, refletindo as desigualdades de género presentes na sociedade. No entanto, com a conquista da liberdade, as mulheres começaram a reivindicar seu espaço e a lutar por uma representação mais equitativa e inclusiva nos meios de comunicação. Isso levou a mudanças significativas, com mais mulheres ocupando posições de liderança e contribuindo com as suas vozes e perspetivas únicas para o debate público.
O 25 de abril de 1974 marcou não apenas o fim da ditadura em Portugal, mas também o início de uma jornada rumo a uma sociedade mais livre, igualitária e democrática. A liberdade de expressão, a diversidade de meios de comunicação e a luta pela igualdade de género nos meios de comunicação são pilares fundamentais dessa transformação, representando um compromisso contínuo com os valores democráticos e os direitos humanos.
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