Caso AIMinho: os números de um processo tão grande que corre o risco de não dar grande coisa
Tudo é gigantesco nesta acção que demorou mais de dois anos a ser julgada e precisará de um outro até ser proferida a sentença. O SETE JORNAL recolheu os principais números de um processo que, em termos de prova digital, supera a do BES e é um dos maiores com que a justiça portuguesa se deparou.
“Um processo desta dimensão é ingerível. Não é possível ninguém normal conseguir abarcar toda a informação” e, como tal, “há aqui muitos riscos para toda a gente, principalmente para os cidadãos que estão acusados”. A declaração é do advogado Paulo Pimenta, a quem o SETE JORNAL pediu um comentário sobre o mega-processo do caso AIMinho, onde o causídico não tomou parte.
Para o ex-presidente do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados, este tipo de processos “levantam um problema que é o controlo sobre os mesmos”.
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Durante cerca de dois anos, a cidade – mais propriamente Barcelinhos – foi residência para o génio das construções em ferro. No concelho forjou, também, uma das 27 pontes que lhe são atribuídas em Portugal. Nuno Nunes e Elói Figueiredo traçam as linhas deste projecto que, devido ao mau estado, acabaria a ser substituído em 1975.
Em causa estão declarações do vereador na Câmara de Barcelos, Alexandre Maciel, quando este foi inquirido pelo advogado (foto) do ex-presidente da autarquia, que está a ser julgado por diversos crimes. Trata-se de uma “manobra processual” tendo em vista a “repetição do julgamento”, reage Alexandre Maciel.
A garantia foi dada hoje, 27, ao SETE JORNAL pelo instituto público, que já comunicou aos intervenientes no processo as medidas de mitigação e reparação a implementar no monumento. Uma parte significativa do que foi construído terá, agora, de ser desmantelada para acomodar as exigências do gestor do património cultural.
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