Barcelos

Domingos Pereira. O último dia de um mandato horribilis

Afastada a hipótese de um regresso às funções e esgotando-se hoje os 365 dias de que o vereador dispunha para as manter em suspenso, termina antes do tempo o mandato de Domingos Pereira na Câmara de Barcelos. O SETE JORNAL traça-lhe uma retrospectiva.

PAULO VILA

29 de Abril 2024
Domingos Pereira. O último dia de um mandato <em>horribilis</em>
Sessão da Assembleia Municipal de Barcelos. “Quem manda no meu mandato legitimado pelo voto do povo soberano, sou eu”. Proferidas em 17 de Junho de 2022, estas palavras sinalizavam a vontade de que o então vice-presidente da Câmara não tencionava suspender ou renunciar ao mandato depois de, três semanas antes, ter sido condenado por corrupção. Em rigor, Domingos Pereira já não gozava daquela prerrogativa, uma vez que o Tribunal de Braga, aos dois anos e dez meses de prisão com pena suspensa por igual período, acrescentou-lhe a perda
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São dos principais rostos da governação municipal nos últimos quase 16 anos. Estão acusados de 97 crimes (de que há conhecimento público) pelo seu envolvimento, entre outros, em dois dos mais mediáticos processos judiciais portugueses. É vasto o leque de delitos pelos quais respondem Domingos Pereira – já condenado por corrupção – Miguel Costa Gomes e Carlos Reis.

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O ex-presidente e o seu “vice” de então na Câmara de Barcelos enfrentam mais uma acusação, possibilidade que o SETE JORNAL tinha já adiantado em Março de 2024. A Procuradoria-Geral Distrital do Porto avança hoje, 9, que, em conjunto, vão responder por 20 crimes de prevaricação e 14 de abuso de poder.

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Foi com farpas ao líder do Grupo Parlamentar, Hugo Soares, que Carlos Eduardo Reis (foto) anunciou que suspenderá o mandato de deputado. Continuará, todavia, em funções na Câmara de Barcelos, onde tem o pelouro do Urbanismo e a “confiança” política que diz ter-lhe sido retirada pela direcção da bancada do PSD na Assembleia da República.

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